sábado, 12 de junho de 2021

Neste dia dos namorados, contamos as histórias dos casais de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, Stephen King e Tabitha King, Affonso Romano e Marina Colasanti, Mary Shelley e Percy Shelley, que encontraram no amor, apoio, parceria e inspiração para escrever, individualmente, obras que marcaram a literatura mundial.



Jorge Amado e Zelia Gattai

Aos 20 anos, Zélia Gattai se casou com Aldo Veiga, intelectual e militante do Partido Comunista. Da união nasceu o primeiro filho da escritora, Luiz Carlos. O casamento chegou ao fim após oito anos.
Em 1945, conheceu o escritor Jorge Amado – de quem já era admiradora – durante um congresso sobre literatura. Com diversos interesses em comum, a dupla passou a trabalhar no movimento pela anistia dos presos políticos. Poucos meses depois, se apaixonaram e passaram a viver juntos.
Em 1963, a família Amado fixa residência em Salvador. E é lá que Zélia passa a se dedicar mais à literatura. Além de “Anarquistas, graças a Deus”, é autora dos livros de memórias “Um chapéu para viagem” (1982), “Senhora do baile” (1984), “Jardim de inverno” ( 1988) e “A casa do rio Vermelho” (1999). Também escreveu os livros infantis “Pipistrelo das mil cores” (1989) e “O segredo da rua 18” (1991), em um total de 15 obras.
A história de amor de mais de meio século que viveu com Jorge Amado inspirou alguns de seus trabalhos. Caso da fotobiografia do escritor, “Reportagem incompleta” (1987), além dos livros de memórias “A casa do Rio Vermelho” (1999), “Jorge Amado - Um baiano romântico e sensual” (2002) – em parceria com os filhos João e Paloma – e “Memorial do amor” (2004). Atualmente aberta para visitação, a famosa “casa do Rio Vermelho” – onde estão as cinzas do escritor – foi transformada em um museu.



Affonso Romano de Sant'Anna e Marina Colasanti

O casal Affonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti vivem um casamento de muito amor desde 1971, cada qual com produção literária muito personalizada, abundante e importante, mas unidos no cotidiano familiar e na sua grande aventura existencial. Partilham até o mesmo ano de nascimento: 1937. Affonso, nascido em Belo Horizonte, de infância pobre, carregou marmitas, trouxas de roupa para lavadeiras, vendeu balas no cinema. Trabalhou em bancos e jornais para custear os estudos universitários.
Conta hoje com mais de 40 obras publicadas, de poesia, ensaio e crônicas, e mais cerca de 30 de autoria conjunta com outros autores. Lecionou em diversas faculdades do Rio de Janeiro e passou longos períodos como professor visitante em universidades estrangeiras. Recebeu vários prêmios literários importantes, inclusive o da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) pelo "conjunto de obra".
Marina Colasanti, nascida em Asmara (Eritréia) de pais italianos, passou seus primeiros anos naquele país e depois foi morar na Itália, onde ficou até 1948, quando veio definitivamente para o Brasil. De família abastada, viveu no Rio de Janeiro sua adolescência, no imenso casarão do Parque Lage, que pertencia a sua tia, uma famosa cantora lírica.
Como artista plástica, vem realizando desde a década de 1950 exposições, individuais ou coletivas, e trabalhando como ilustradora. Em 1962, ingressou no jornalismo, no "Jornal do Brasil". Lançou seu primeiro livro, Eu Sozinha, em 1968, e conta hoje com 43 obras publicadas, de crônicas, contos, poesia e literatura infanto-juvenil. Recebeu, de 1979 até hoje, 21 premiações literárias, entre as quais quatro vezes o Prêmio Jabuti.



Percy Bysse Shelley e Mary Shelley

Mary Shelley (1797-1851) foi uma escritora inglesa, autora do romance "Frankenstein", considerada a primeira ficção científica da literatura mundial. Mary Wollstonecraft Shelley nasceu em Somers Town, em Londres, no dia 30 de agosto de 1797. Filha do filósofo William Godwin e da escritora Mary Wollstonecraft.
Embora tenha sido profundamente influenciada pela obra da mãe, Mary Shelley não conviveu com ela, que faleceu onze dias após o seu nascimento. Quatro anos depois, o pai casou-se com uma vizinha, com a qual Mary jamais se entendeu.
Fosse como fosse, a literatura estava inevitavelmente em seu caminho. Ou melhor, a poesia: por volta de 1814, Mary conheceu Percy Shelley, então um admirador de seu pai, e os dois iniciaram um romance. Naquele momento, o poeta era casado. Em junho de 1814, os dois fugiram para viverem juntos.



Stephen King e Tabitha Spruce

Tabitha Jane Spruce, que mais tarde viria a ser conhecida como Tabitha King, nasceu em 24 de março de 1949, em Old Town, no Maine, Estados Unidos. Tabitha cursou Faculdade de História na Universidade do Maine, e foi nessa mesma época que conheceu o seu marido, o autor Stephen King. O casal teve três filhos: Naomi King, Joe Hill e Owen King. Publicou seu primeiro livro Pequenas Realidades, em 1981, que a DarkSide Books lançou em uma edição especial pela marca DarkLove. As histórias de Tabitha King costumam passar pelos gêneros do terror, ficção científica e fantasia. Como autora, Tabitha sabe explorar o psicológico dos seus personagens, apresentando histórias com diversas camadas, explorando também os contornos sombrios da mente dos humanos.
Ela planejava fazer um mestrado em Biblioteconomia e se tornar bibliotecária em tempo integral após a formatura. Plano que surgiu devido sua paixão por bibliotecas desde a infância, mas quando a autora conheceu Stephen King, em um sarau de poesia, tudo mudou. Ambos se apaixonaram e compartilhavam a mesma paixão pela literatura e o sonho de se tornarem escritores.
Tabitha e Stephen se casaram após a formatura, em 1971. Porém, com uma filha pequena para criar, as dificuldades financeiras se agravaram e o casal passou por um longo período difícil, onde receberam várias rejeições de editoras e revistas.
Tabitha King começou trabalhando como editora nas obras do marido. No início, Stephen não tinha sequer uma máquina de escrever, contudo Tabitha emprestou sua antiga Olivetti, que guardou desde os tempos de faculdade, para que ele conseguisse produzir e enviar os seus primeiros trabalhos para os veículos de imprensa. E não somente Tabitha foi a responsável por resgatar essas páginas jogadas no lixo, como ajudou Stephen no processo da escrita. Quando ela leu os primeiros rascunhos, identificou que dali surgiria uma grande história, e o início do seu trabalho como editora foi imprescindível para o sucesso do marido.


Algumas obras destes autores na Biblioteca Comunitária

 

 

Jorge Amado

Mar Morto

A descoberta da América pelos turcos

Capitães de Areia

Dona flor e seus dois maridos.

 

 

Marina Colasanti

 

A nova mulher

Doze reis e as moças do labirinto de vento

Uma ideia toda azul

 

Stephen King

Carrie

Dança Macabra

O cemitério

Zélia Gattai

Senhora Dona do Baile

 

Affonso Romano

Poesia Viva

Porta de Colégio e Outras Crônicas

Mary Shelley

Frankenstein