sexta-feira, 25 de março de 2022

Dia Nacional do Orgulho Gay

 Dia 25 de março é o comemorado o dia nacional do orgulho gay.

Mas por que escolheram a palavra orgulho? Porque orgulho é o oposto de vergonha.

Por muitos anos, a orientação sexual era motivo de polêmicas, preconceitos, segregações e violência.

O movimento que originou a data teve início depois da Rebelião de Stonewall em 1969, na cidade de Nova York, que procurava normalizar a sexualidade dos indivíduos a fim de que não sintam vergonha de seus corpos, nem de sua orientação.

Desde 1969 muitas conquistas foram alcançadas como criminalização da LGBTfobia, fim da criminalização da homossexualidade e das penas correlatas, fim dos tratamentos de “cura gay”, políticas públicas pelo fim da discriminação, maior representatividade da comunidade nos meios de comunicação etc.

No Brasil, até a década de 1980 o termo “homossexualismo” ainda era visto como um transtorno sexual pelo Código de Saúde do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Um dos avanços foi o Art. 1.723 do Código Civil de 2002, que reconhece como entidade familiar a união entre o homem e a mulher, deve ser interpretado conforme à Constituição para incluir a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, por também ser espécie de família.

Com isso, houve uma revisão de institutos jurídicos, validando a união estável homoafetiva, sendo aplicadas as mesmas regras que a heteroafetiva.

Assim, os casamentos e uniões homoafetivas devem ter o mesmo regime jurídico protetivo conferido aos casais heterossexuais, garantindo direito à pensão, divisão de bens e herança.

A partir da equiparação jurídica das uniões estáveis homoafetivas às uniões estáveis heteroafetivas autorizou-se também a adoção por casal homoafetivo.

Esses grandes avanços são motivo de muita alegria para a comunidade LGBT mas ainda há muito o que se conquistar. A luta por direitos iguais deve ser constante e toda a sociedade pode apoiar a causa!

 

Referências

ROLIM, Marcio. Dia Nacional do Orgulho Gay: o que temos a celebrar? Observatório G. Disponível em: https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/dia-nacional-do-orgulho-gay-o-que-temos-a-celebrar. Acesso em: 18 mar. 2022

Dia do orgulho LGBTQIA+: o que foi a revolta de Stonewall que deu origem à comemoração. BBC Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-48432563#:~:text=Esse%20evento%20ocorrido%20no%20bar,debate%20p%C3%BAblico%20e%20as%20ruas. Acesso em: 18 mar. 2022

Orgulho: 10 Direitos Conquistados Pela Comunidade LGBT+. Martello Legal. Disponível em: https://marello.legal/novidades/direitos-lgbt-lesbica-gay-homossexual-casamento-heranca-pensao-homofobia-genero. Acesso em: 18 mar. 2022

segunda-feira, 21 de março de 2022

Dia mundial da poesia

Em 1999, na XXX Conferência Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1999, foi escolhido o dia 21 de março para homenagear a poesia, promover a diversidade das línguas e intensificar os intercâmbios entre culturas.

O Dia Mundial da Poesia é uma data que comemora não só a arte de fazer poemas, mas o papel que a poesia representa em qualquer sociedade, por ser instrumento de união e de contestação. Assim, todos os anos, a Unesco emite uma mensagem comemorativa que coloca o foco em temáticas ou problemas que eventualmente podem ser discutidos pela arte poética.

Portanto, a data visa exaltar a importância da reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas orquestradas por uma subjetividade, a do poeta, que, por sua vez, abre-se à experiência subjetiva de seus leitores, e estes podem ampliar seu conhecimento de mundo com base nas experiências poetizadas.

Para celebrar a data, vamos relembrar alguns poetas e poetisas célebres nacionais:

- Vinícius de Moraes (1913 – 1980)

Também conhecido como “poetinha”, Vinícius fez história na Bossa Nova escrevendo poemas e canções internacionalmente famosos. Boêmio por vocação, o carioca gostava de escrever em bares em parceria de seu amigo Tom Jobim e as mulheres eram sua grande inspiração. Garota de Ipanema (1962), Chega de Saudade (1956) e Eu Sei Que Vou Te Amar (1958) são suas obras principais.

 

- Cora Carolina (1889 – 1985)

Foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965, quando já tinha quase 76 anos de idade, apesar de escrever seus versos desde a adolescência. Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais (1965), Meu Livro de Cordel (1976) e Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha (1983) são suas mais célebres escritas.

 

- Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987)

Mineiro de Itabira, ele foi um grande poeta da segunda geração do Modernismo Brasileiro. Suas obras são pautadas no existencialismo, sentido da vida e da morte, críticas políticas. Uma forte característica é o linguajar tipicamente mineiro utilizado em seus versos. Alguma poesia (1930), Brejo das almas (1934) e Sentimento do Mundo (1940) são suas obras de destaque.

 

- Cecília Meireles (1901 – 1964)

Apesar de carioca, Meireles morou em diversas partes do mundo, o que influenciou sua escrita. Assim como Drummond de Andrade, Cecília é considerada uma grande poetisa da segunda geração do Modernismo Brasileiro. Amplamente premiada, Cecília teve suas obras traduzidas em diversos idiomas e distribuída pelo mundo. Espectros (1919), Nunca mais... e Poemas dos Poemas (1923), Romanceiro da Inconfidência (1953) são suas obras de destaque.

 

Referências

SOUZA, Warley. Dia mundial da poesia. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/21-de-marco-dia-mundial-da-poesia.htm. Acesso em: 19 mar. 2022

GUIMARÃES, Leandro. Dia mundial da poesia. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/21-de-marco-dia-mundial-da-poesia.htm. Acesso em: 19 mar. 2022

sexta-feira, 11 de março de 2022

 Dia do Bibliotecário

A data, comemorada em todo território nacional, foi escolhida em homenagem ao bibliotecário por vocação Manuel Bastos Tigre, nascido em 1882.

Engenheiro de formação, Bastos Tigre foi aos Estados Unidos em 1906 para se especializar em eletricidade. Porém, ao conhecer o bibliotecário Melvil Dewey, o desenvolvedor do sistema de Classificação Decimal (CDD), Tigre abandona a área de engenharia e passa a atuar como bibliotecário.

Atuou no Museu Nacional do Rio de Janeiro como primeiro bibliotecário concursado no Brasil, lidando sempre com a vertente de classificação decimal dos itens de informação. Sua paixão pela biblioteconomia era tamanha que permaneceu atuando até mesmo após sua aposentadoria, acumulando 40 anos no exercício da profissão.

Além disso, Manuel também era escritor e publicou diversas obras, dentre poesias e sonetos humorísticos. Suas contribuições para a cultura brasileira e a atuação bibliotecária foi de extrema importância, trazendo modernidade e dinamicidade na organização dos acervos.

 

LOPES, Ana Suely. O dia do bibliotecário no Brasil. Infotecários. Disponível em: https://www.infotecarios.com/dia-do-bibliotecario-no-brasil/#.YiuOanrMLIV. Acesso em: 11 mar. 2022.

FANGUEIRO, Maria do Sameiro. Bastos Tigre. Biblioteca Nacional Digital. Disponível em: http://bndigital.bn.gov.br/dossies/periodicos-literatura/personagens-periodicos-literatura/bastos-tigre/. Acesso em: 11 mar. 2022.





terça-feira, 8 de março de 2022

 História do Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher existe, enquanto data comemorativa, como resultado da luta das mulheres por meio de manifestações, greves, comitês etc. Essa mobilização política, ao longo do século XX, deu importância para o 8 de março como um momento de reflexão e de luta. A construção dessa data está relacionada a uma sucessão de acontecimentos.

Uma primeira história que ficou muito conhecida como fundadora desse dia narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio ocorrido nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Supostamente, esse incêndio teria sido intencional, causado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, por isso teria trancado suas funcionárias na fábrica e ateado fogo nelas. Essa história, contudo, é falsa e, por isso, o 8 de março não está ligado a ela.

Existe, no entanto, outra história que remonta a um incêndio que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.

As causas desse incêndio foram as péssimas instalações elétricas associadas à composição do solo e das repartições da fábrica e, também, à grande quantidade de tecido presente no recinto, o que serviu de combustível para o fogo. Além disso, alguns proprietários de fábricas da época, incluindo o da Triangle, trancavam seus funcionários na fábrica durante o expediente como forma de conter motins e greves. No momento em que a Triangle pegou fogo, as portas estavam trancadas.

 

Influência do movimento operário

O acontecimento em Nova York é significativo, pois evidenciou a precariedade do trabalho no contexto da Revolução Industrial. Isso, no entanto, não pode apagar a influência da luta operária e dos movimentos políticos organizados pelas mulheres. Sendo assim, é importante afirmar que o Dia Internacional da Mulher não foi criado por influência de uma tragédia, mas sim por décadas de engajamento político das mulheres pelo reconhecimento de sua causa.

A mobilização política de mulheres trabalhadoras contra a desigualdade de gênero, no âmbito profissional, foi uma das grandes influências para o 8 de março.

Em 1910, na cidade de Copenhague, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, que foi apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem, entretanto, estipular uma data específica.

Essa proposta era fruto tanto do feminismo, que ascendia naquela época, quanto das correntes revolucionárias de esquerda, como o comunismo e o anarquismo. Clara Zetkin era engajada com campanhas que defendiam o direito das mulheres no âmbito trabalhista. Sua proposta visava a possibilitar que o movimento operário pudesse dar maior atenção à causa das mulheres trabalhadoras.

O incêndio de 1911 viria a ser sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres (tal como sugerido por Clara Zetkin). A maioria dos movimentos reivindicavam melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e, por conseguinte, a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres.

Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.

O ano de 1917, na Rússia, foi fortemente marcado pelo ciclo revolucionário que derrubou a monarquia czarista. Nesse clima de agitação revolucionária, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, no dia 8 de março, e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique.

 

Texto extraído integralmente do Brasil Escola

 

Referência

SILVA, Daniel Neves. 8 de março – Dia Internacional da Mulher. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-mulher.htm. Acesso em 25 de fev. de 2022.